No final desta já histórica tarde de 22 de julho de 2013,
um tal Francisco desembarcou no Rio de Janeiro para cumprir uma série de
atividades que o tem como grande figura responsável pelo sucesso delas. Não
fosse o fato de esse Francisco ser o Papa, a chegada desse argentino em nosso país
teria passado despercebida devido a sua humildade. A vinda do Sumo Pontífice ao
nosso país integra mais um dos grandes eventos que o país está sediando nesta
década: a Jornada Mundial da Juventude. Mas o que é a Jornada Mundial da
Juventude? Vamos às explicações:
Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João
Paulo II em 1984 que uniu jovens da Igreja Católica, por ocasião do Ano Santo
da Redenção, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos
jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como
a Cruz da Jornada.
No ano seguinte, em 1985, foi declarado Ano Internacional
da Juventude pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em março, houve outro
encontro internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a
instituição da Jornada Mundial da Juventude com o objetivo de mostrar ao mundo que
a fé dos jovens pode transformar o mundo. Afinal são os jovens que podem
construir uma sociedade cada vez melhor, mais justa e mais igualitária. A JMJ se
realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo e prevê a cada dois ou três
anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente
uma semana.
A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada entre
os dias 23 e 28 de julho de 2013 no Rio de Janeiro e terá como lema “Ide e
fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).
Feitas as apresentações vamos ao meu comentário sobre esse
fato.
Sem blindagem, o Papa Francisco nos braços dos fieis.
Que os políticos brasileiros aprendam com o Sumo Pontífice | ||
E não se trata apenas da minha visão, mas também
estudiosos do tema, como o teólogo Leonardo Boff também veem Francisco como “o
Papa da ruptura” (em entrevista à Folha de São Paulo). Em um dos trechos Boff
afirma: “Eu acho que esse é o papa da ruptura. Essa é a palavra que Bento 16 e
João Paulo II mais temiam. Eles acreditavam que a igreja tinha que ter
continuidade, portanto o Concílio Vaticano Segundo não poderia significar
ruptura com o Primeiro. Mas não, agora há uma ruptura, a figura do Papa não é
mais a clássica, é outra. Francisco não começou com a reforma da cúria, começou
com a reforma do papado”. Além disso, o teólogo diz que o Papa sinaliza que
começará a permitir a discussão de temas
que antes a Igreja não permitia como moral sexual e
familiar, celibato e homossexualidade. “Se um teólogo ou um padre discutisse
esse assunto, era logo censurado. Agora, ele vai permitir a discussão”, pontua.
Por essas e outras me coloco como apoiador do que o Papa
vem e continuará fazendo e espero que daqui a alguns anos possamos dizer “HABEMUS MUDANÇAS” com o legado deixado
pela Jornada Mundial da Juventude no Brasil!
Por onde a JMJ já passou (segundo informações do site
oficial do evento)
Roma (Itália - 1986);
Buenos Aires (Argentina – 1987) - com a participação de 1
milhão de jovens;
Santiago de Compostela (Espanha – 1989) - 600 mil jovens;
Czestochowa (Polônia – 1991) - 1,5 milhão de jovens;
Denver (Estados Unidos – 1993) - 500 mil jovens;
Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões de jovens;
Paris (França -1997) – 1 milhão de jovens;
Roma (Itália – 2000) – 2 milhões de jovens;
Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil jovens;
Colônia (Alemanha – 2005) – 1 milhão de jovens;
Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil jovens;
Madri (Espanha – 2011) – 2 milhões de jovens.
Ah, e não coloquei foto de Papa beijando criancinhas
porque acho isso muito apelativo.
Reveja o texto “O Papa não é brasileiro. Graças a Deus!”
que escrevi quando o Papa foi nomeado.
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Muito bom seu texto.... Vou recomendar essa leitura!!!
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