Raça, garra, vontade, entrega, luta, disposição,
aplicação, disciplina, talento, perseverança e sorte. Todas essas e outras
palavras têm o seu significado denotativo, mas quando pensadas no sentido
conotativo passaram a partir da madrugada desta quinta-feira (25/07) a ganhar
uma nova referência: Clube Atlético
Mineiro, o Galo Doido das Minas
Gerais que foi o grande protagonista desta Copa Libertadores da América e que com muita justiça sagrou-se o Rei da América em uma final já
inesquecível não apenas para os atleticanos como para todos os amantes do
futebol que se vestiram de preto e branco em apoio ao time comandado pelo
técnico Cuca.
O Galo é o
campeão porque com uma campanha brilhante – que contou também com muita sorte
com os pênaltis defendidos pelo “São
Victor” – mostrou que há momentos no esporte em que sorte e técnica podem
sim andar lado a lado. Na primeira fase do torneio, o Galo sobrou e deu show. O
melhor time na fase de classificação e o que mais encanou a América com jogadas
envolventes de seu quarteto ofensivo (com Ronaldinho,
Bernard, Diego Tardelli e Jô) garantidas pelo bom balanço defensivo com as
boas atuações de Leandro Donizete e
Pierre que davam segurança aos zagueiros e também às descidas dos laterais.
E no gol? Bem, no gol o bom goleiro Victor teve seus momentos de glória
reservados para serem vivenciados na hora certa com os pênaltis defendidos nas
quartas contra o Tijuana e na semi
contra o Newell’s Old Boys. Momentos
de dificuldade que o Galo passou na fase de mata-mata. Normais para um torneio
com o peso e a dificuldade de uma Libertadores.
Esta final, por si só, já seria um momento histórico para
a equipe que chegava a sua decisão do torneio continental. Pode ter sentido a
pressão de disputar uma final contra uma equipe experiente como o Olímpia que já venceu a torneio por
três oportunidades e que foi a dona do mundo por uma vez. Por isso o time teria
que reverter a desvantagem dos dois gols sofridos no jogo de ida. Mas o que
vimos em campo foi garra, vontade, raça e o sangue nos olhos de Ronaldinho que,
para mim, foi ao lado de Victor o grande nome da final. Deu gosto de ver o
quanto que o camisa 10 estava ligado no jogo e com vontade de resolver a parada
para o time de Minas Gerais.
Final essa que teve tudo o que uma grande final tem de
ter: gol do artilheiro do torneio (Jô com sete gols), atacante do time
adversário que perdeu um gol driblando o goleiro no final do segundo tempo,
zagueiro adversário sendo expulso, gol de zagueiro no final do segundo tempo
que levou para a prorrogação, bola na trave durante a tal prorrogação, chuva, torcedor
quase tendo um enfarto na arquibancada e no sofá da sala. Até que ao final de
dois tempos a loteria dos penais decidira quem seria o Campeão da América.
E vale destacar, com certa tristeza deste sãopaulino, que
o time mostrou também tem muito preparo físico para agüentar a prorrogação,
fruto do trabalho de Carlinhos Neves,
preparador físico dispensado do meu São Paulo. Valeu, Juvenal!
Se foi esse o último jogo de Bernard, os Deuses do Futebol deram uma força para
a torcida que pôde assistir a mais meia hora de futebol do jogador que tem “alegria nas pernas” vestindo a
camisa preto e branca – mesmo se exaurindo em cansaço e com cãibras.
Do lado do Galo, vimos a categoria de Alecsandro que ao marcar o primeiro gol, na gaveta, reverenciou
(com justiça) o 13º jogador do Galo – a sua vibrante torcida. O responsável
pelo gol importante da semifinal, Guilherme,
colocou no cantinho. Jô, artilheiro da Liberta, tirou a “zica” do penal perdido
na semifinal mandando com categoria no canto oposto ao do goleiro do Olímpia. Leonardo Silva, autor do segundo da
final, com tranquilidade, manteve o Galo vivo na disputa do caneco.
Já o primeiro pênalti do Olímpia, Victor pegou no meio do
gol sem muito trabalho. No segundo, acertou o canto e ficou no quase. O
terceiro foi batido pelo capitão, Candia, que passou perto do goleirão do Galo.
No quarto penal, nada pôde ser feito com a batida no meio do gol. E na última
cobrança, a bola caprichosamente explode na trave e sagrou o Galo CAMPEÃO DA LIBERTADORES! E da
melhor maneira possível sem um grande heroi como responsável pelo gol do título
sendo enaltecida a característica do elenco que sempre se mostrou unido.
O título lavou a alma da torcida, do time e do técnico
Cuca que também levou um banho de seus comandados durante a coletiva de
imprensa. Cuca esse que era tido como pé frio, azarado e cavalo paraguaio que
não conquistava títulos de expressão. Tai agora uma Libertadores, merecida,
para o currículo do bom técnico que armou um time difícil de ser batido com uma
espinha dorsal de respeito: Victor no gol, Rever na zaga, Pierre na marcação,
Bernard, Tardellí, Jô e Ronaldinho no ataque – trazido por Cuca para ser o
responsável pela armação do time que foi montado em função dele.
O Galo cantou! A bola não entrou! A torcida vibrou! GALO,
GALO, GALO, CAMPEÃO DA AMÉRICA!
Parabéns ao Galo, o novo Dono da América! Rei que agora
coloca mais uma marca na Taça, a das garras do Galo forte e vingador.
A CAMPANHA DO
ATLÉTICO MINEIRO NA LIBERTADORES DE 2013
9 VITÓRIAS / 2
EMPATES / 3 DERROTAS
29 GOLS MARCADOS E
18 SOFRIDOS
OS JOGADORES DO
ATLÉTICO MINEIRO CAMPEÃO DA LIBERTADORES 2013
01 - VICTOR
02 - MARCOS ROCHA
03 - LEONARDO SILVA
04 - RÉVER
05 - PIERRE
06 - JÚNIOR CÉSAR
07 - JÔ
08 - LEANDRO
DONIZETE
09 - DIEGO TARDELLI
10 - RONALDINHO
11 - BERNARD
12 - GIOVANNI
13 - JEMERSON
14 - RAFAEL MARQUES
15 - GILBERTO SILVA
16 - LUCAS CANDIDO
17 - GUILHERME
18 - ROSINEI
19 - ALECSANDRO
20 - RICHARLYSON
21 - NETO BEROLA
23 - LELEU
24 - LEE
25 - PAULO HENRIQUE
26 - CARLOS CESAR
27 - LUAN
28 - JOSUE
29 - MICHEL
30 – SIDIMAR
ARAUJO
SERGINHO
MARQUINHOS
Dados e Imagens: Fox
Sports, UOL e The Cristian Post
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