O tão esperado anúncio chegou ao mundo católico na tarde
deste já histórico dia 13/03/2013. A fumaça branca pintou no céu do Vaticano e
o sucessor de Joseph Ratzinger – o Papa Bento XVI – já é conhecido. O nome dele?
Jorge Mario Bergoglio que será chamado de Papa Francisco I é argentino e tem 76
anos de idade. Muitos fieis brasileiros sonhavam, torciam e acreditavam que o
novo Sumo Pontífice seria brazuca. Há quem lamenta essa notícia, mas este
blogueiro pensa que devemos respirar aliviados porque a “batata quente” está
nas mãos do nosso Hermano.
Antes que alguém comece a pensar que sou Ateu já adianto
dizendo que sou católico – e inclusive estudei em Colégio de freiras. Por isso
não farei nenhum tipo de ataque feroz à Igreja Católica neste texto.
Acredito que a Igreja Católica esteja atravessando um
momento bastante delicado na sua história. Os fieis vêm pedindo para que a
Igreja seja menos conservadora e aceite de uma vez o casamento entre pessoas do
mesmo sexo, o uso da camisinha, e a adoção de crianças por homossexuais e para
que sejam investigados e punidos os representantes do clero que se envolveram
em casos de pedofilia. Tudo isso ainda vem embrulhado em um pacote que tem
também o pedido de que os fieis querem que a Igreja esteja mais próxima deles -
sendo que os meios digitais podem ser os responsáveis para essa aproximação.
Por isso digo que é ótimo que o Papa não seja brasileiro.
Já basta o fato de que os olhos de todo o mundo estarão voltados para o nosso país
na expectativa de ver o desenrolar dos fatos sobre a Copa das Confederações, a
Copa do Mundo e as Olimpíadas. O que, diga-se de passagem, não orgulha nenhum
pouco este jornalista que apenas vê todos esses eventos como marcas que o país
deixará de mais escândalos de corrupção e que não deixarão um grande legado
positivo para o país. Que dirá mais uma grande responsabilidade como a de
conduzir a Igreja Católica.
É bem verdade de que o Brasil é um dos países com mais
católicos no mundo. Mas, para mim, não quer dizer que isso tem de ser condição
sine qua non para que um Papa seja brasileiro.
O argentino Francisco I, segundo o que mostra a imprensa,
é um religioso extremamente conservador e que não parece que irá avançar muito
na discussão dos temas que citei acima. A tão esperada renovação da Igreja
Católica, ao que tudo indica, deverá esperar por mais um tempo.
“Bergoglio é visto como um ortodoxo inflexível em matéria de moral sexual e como convicto opositor do aborto, da união homossexual e da contracepção. Em 2010 ele afirmou que a adoção de crianças por gays é uma forma de discriminação contra as crianças, o que lhe valeu uma reprimenda pública por parte da presidente argentina Cristina Kirchner. Ao mesmo tempo, ele demonstra sempre profunda compaixão pelas vítimas da aids; em 2001, por exemplo, visitou um sanatório para lavar e beijar os pés de 12 pacientes soropositivos.” (Trecho extraído de texto publicado no site Gazeta do Povo onde há uma descrição completa sobre a biografia do Papa Francisco I)
Sobremaneira, como católico, desejo boa sorte para o Papa
Francisco I, que terá muito trabalho e muita responsabilidade para conduzir a
Igreja Católica em um mundo que passa por muitas – e rápidas – mudanças.
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